sábado, 13 de septiembre de 2008



seleciona a obra de dança sinal para ser apresentada na cidade de São Paulo, em novembro, como parte de Dança em trânsito Uruguai-Brasil



Síntese

São seres físicos e não psicológicos os que povoam “Sinal”.
Corpos que não esperam resultados.a ação é incompleta, se fragmenta e auto cancela na forma, abrindo se ao mesmo tempo a múltiplas ou nenhuma significação.
Forma que pensa uma forma que pensa.





"Você sabe, às vezes penso que, se cada dia, ao mesmo tempo, realizou um ato nós e nós somos fiéis a este ritual, sob a forma inalterada, todos os dias, sem faltar um, a face da Terra irá udar." Andrei Tarkovsky, o sacrifício




SEÑAL


Sinal, signo ou variação física que manifesta una determinada informaçao… Sinal existe além do que comunicadoO sistema montado para que o significado viaje, se desprende daquele e automatiza seu comportamento, fica a forma, ficam patrões, circuitos, combinações cujas configurações fazem pouca referencia a qualquer coisa alheia a se mesma. Em sinal – a peça – o tratamento do tempo cobra um papel central na organização das cenas, e que o material presentado não é muito relevante mas sim o jeito no qual é executado e conjugado no tempo.Como? quando? onde?Tal vez o “que” seja menos importante nesta peça que apresenta sistemas de comunicação e não tanto processos… padrões sígnicos que não evolucionam organicamente mas são reconstruídos, abandonados, substituídos pela chegada de um novo código ou sub-sistemaDois corpos no espaço realizam movimentos restritos e repetidos, pequenas variações ou degenerações do código ocorrem, pequenas relações e coincidências convidam ao olho externo observar o sistema sem que seus componentes estabeleçam relações diretas entre eles.
Ações pequenas, ações mínimas… ações realizadas por um corpo que não expressa intenção de ressultados… é o acumulo de ações, a precisão da sua execução, a percepção da inevitável singularidade de cada corpo o que captura o olho de quem observa, seja a câmara, seja o espectador, seja o próprio espaço que processa as alterações e intervenções, as variações progressivas e abruptas que determinam o abandono do padrão precedente e a emergência do seguinte.
Desde o inicio é claro que os intérpretes não se apresentam em qualidade de personagens ou pessoas mas corpos …Em Sinal o corpo se abre ao exterior, ás conexões, ás infinitas possíveis combinações que o ambiente propoe…
O artístico se acha liberado da vontade, da lógica, de propósitos realistas ou ilusionistas, da estruturação orgânica do corpo de um ator e da funcionalidade das suas ações … não há metáforas nem símbolos mas sinais, sistemas de signos icônicos.. o Corpo falando desde seu próprio material, signos cujos significados aludem ao material do qual são constituídos
São seres físicos e não psicológicos os que achamos na cena de Sinal. São ações mínimas sem propósito nem emoção mas com grande precisão e limpeza… os movimentos não são abundantes nem sobram e o material escolhido se reforça por uma intensa concentração nas acoes presentes, no estar presente que esses corpos oferecem.
Este padrão sub-expressivo não é sinonimo de neutralidade ou indiferença mas remete a uma potencialização da energia interior … mas ao tempo em que a energia acostuma se associar ao ímpeto externo, ao excesso de atividade muscular e nervosa, aqui se refere a um espaço íntimo, que pulsa na imobilidade e o silencio ou no movimento mínimo, uma força retinida que flui no tempo e que redunda na precisão das ações.
Sinal não é tanto o que mas o como e a mudança, desenvolvida em períodos de tempo fragmentários. A peça se compõe de momentos de mais e menos complexidade nos quais variam as relações e dinâmicas, apresentando códigos mais ou menos identificáveis ou associáveis com outros … tudo pode ser verdadeiro diante de uma proposta que incompleta sua ação, que se fragmenta e auto cancela, pensamento-ação que se anula a se mesmo.
Relações se estabelecem sem envolver a intencionalidade dos intérpretes mas seus corpos no espaço e tempo. As formas e ações com as que estes corpos escrevem, não constituem uma linguagem a ser descodificada, interpretada, desvelada mas uma escrita performativa que se não é reduzida á interpretações se apresenta como uma forma que pensa uma forma que pensa

Texto e tradução: Lucía Naser




lunes, 8 de septiembre de 2008

Fondos Concurables para la Cultura

"Señal " foi declarado interes cultural pelos Fundos Concursables pela Cultura edição 2008.
A sentença do júri foi aprovada pela Resolução Ministerial M-598/08 de 24 de abril de 2008 Para mais informações entre em contato com
www.fondosconcursables.mec.gub.uy